segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Bem vindos!

          Olá, meu nome é Gustavo, sou amante de natureza, esportes de aventura, esporte radicais e viagens!

          Sempre que volto de minhas aventuras a euforia toma conta do dia a dia, as lembranças estão em nossas mentes e quando fechamos os olhos ainda visualizamos as cenas na nossa memória.
            Mas o tempo vai apagando essas lembranças e a rotina de trabalho acaba por tomar conta de nosso pensamento e muitos desses momentos mágicos que vivemos acaba trancado no 'Baú da Memória' quase que inacessível.
            Este blog tem como finalidade principal resgatar um pouco esses momentos e deixá-los registrado em um lugar mais acessível, de maneira que quando a pressão do dia a dia estiver bastante forte, uma visita a estes momento poderá suavizar a correria e a sensação mágica dos momentos vividos voltam ao pensamento para brotar novamente o sentimento vivido nas aventuras. 
             E por que não, inspirar, incentivar ou auxiliar algumas pessoas que possuem esse espírito de aventureiro a encarar uma uma viagem, uma trilha, ou que seja somente um passeio, porém que façam isso com a alma e o coração, assim como eu!

domingo, 17 de julho de 2011

4º Dia - Chacaltaya e Viajem a Copacabana

    Após um dia de muita adrenalina, no dia seguinte novamente acordamos bem cedo! Por volta das 7 da matina já estávamos de tomando o último café no Loki, de malas prontas esperamos um Micro ônibus nos apanhar no hostel rumo a Chacaltaya - uma montanha com 6.430 m de altitude.






    Como iríamos viajar para Copacabana, fomos com todas as malas... e era bastante, rsrs... Subimos pro El Alto (cidade alta de La Paz) e andamos por umas 2 horas de ônibus até chegar na base. Durante a viagem um visual maravilhoso, um dos mais bonitos da viagem! Assim como o frio estava grande!


    A história de Chacaltaya é muito interessante, lá funcionava a estação de esqui na neve mais alta do mundo, porém em 2001, foi alertado que com o aquecimento global o gelo iria sumir até o ano 2015, mas para surpresa de todos em 2006, já não havia mais condições favoráveis e a estação fechou-se!
    Hoje a base está meia abandonada, mas a emoção de estar lá ainda é maravilhosa... Não podia deixar de mencionar... foi a primeira vez que eu vi a neve!


   Para a subida mastigamos pela primeira vez a folha de coca, explicando melhor... pega-se algumas folhas, mastiga-se só um pouco junto com uma espécie de bicarbonato, e depois deixa no canto da boca pra fazer o efeito esperado.
   A subida até o cume é surpreendentemente cansativa, caminhávamos poucos passos e parávamos para descansar, mas chegamos ao cume! Fantástico... Indescritível...
Na descida eu senti bastante o mal da altitude, quando cheguei na base novamente estava completamente mole, fraco, com sensação que eu iria desmaiar... Entrei no ônibus meio 'derr' e aí apaguei, fui acordar uma ou duas horas depois já em La Paz, por volta da 14h.








   O passeio que compramos iria ainda para o Vale de La Luna, mas nós preferimos pegar um taxi e ir até a saída do ônibus que leva o pessoal de  La Paz para Copacabana, cidade as margens do Lago Titicaca.
 


      Querendo bancar o esperto, fomos pegar um ônibus de 'local' sem ser os ônibus de turistas... rsrs... Foi uma piada, gastamos B$ 20,00, equivalente a R$ 5,00 cada um, mas parava até pra pegar cachorro na beira da estrada e o mais engraçado foi um casal recém casado que foi ao nosso lado, digo recém casado, pois ela foi ainda com o vestido de noiva e ele com o terno e todo cheio de arroz na cabeça, tinham acabado de sair da igreja e iriam passar a Lua de Mel em Copacabana.  A viagem foi das 16:30h as 21h e pra terminar a noite com chave de latão, o Brasil ainda me perde os 4 pênaltis na Copa América e foi eliminada...













   Chegamos em Copacabana a noite, ainda precisávamos arrumar um loca pra ficar, pois não tínhamos nenhuma reserva, mas deu tudo certo e no final fomos jantar num dos restaurantes bem bacanas que tem por lá. Depois o descanso merecido...

sábado, 16 de julho de 2011

3º Dia - Downhill pela Estrada da Morte


   Acordamos cedo, tomamos nosso desayuno (café da manhã) e conseguimos sair antes da 7 da manhã, fizemos uma caminhada de uns 20 minutos e estávamos na padaria marcada. Viu que já começamos a aprender um pouco de espanhol... Começamos e conhecer o pessoal que iria com a gente no downhill, alguns americanos, canadenses, suíços, franceses, ingleses e nós somente de brasileiro!


   Quando o guia chegou, foi nossa primeira surpresa, ele não falava espanhol, somente inglês e muito rápido, não fazia nenhuma questão que nós o entendesse. Um casal francês também não conseguia entender o inglês, então durante o percurso de La Paz (3700m) a La Cumbre (4.700m) o guia ia explicando em inglês e um senhor da Califórnia ia explicando pra gente em Inglês também, porém com uma boa vontade melhor e falando bem mais devagar. Quando chegamos lá em cima onde sairíamos 50% das informações nos conseguimos entender.

   A van que nos levou parou na beira de um lago maravilhoso, atrás montanhas nevadas, um frio de 2ºC as 9h da manhã. Aí começaram a nos encher de roupas...  Calça, Jaqueta, Colete, um protetor pro pescoço, nariz e ouvido, óculos, luvas, etc... Até que ficamos com uns 5 kgs de roupa, instruções finais passadas - o que entendemos era somente pra mantermos distância uns dos outros e que iria parar bastante para reagrupar todos - e por volta das 9:30h começamos a descida.
   Na descida um fotografo da agencia de bike nos acompanhou e por sorte ele falava espanhol, aí começamos a entender melhor as instruções.

   Os primeiros 20 kms (+ ou - pois não tinhamos velocímetro) foram de asfalto, com uma descida simplesmente maravilhosa acredito que chegamos próximo dos 70 km/h. O frio era muito, o nariz congelava mesmo com o protetor, a cada 10 minutos parávamos para reagrupar, todos estavam descendo muito bem. Paramos em um vilarejo, onde compramos os ticktes do parque onde fica a estrada da morte (R$ 5,00) e ali alguns colocaram a bike na Van, pois havia 5 kms de subida. Eu não ia fazer essa feiura, fui pedalando, mas as pernas não estavam tão oxigenadas na altura, além do peso da bike (Kona full suspension) dificultaram bastante a subida, depois de ralar um pouco, chegamos na estrada de terra.

   A adrenalina já estava alta, mas daqui em diante começa a verdadeira aventura...
   Paramos para um lanche por volta das 11h da manhã e recebemos as orientações, na Estrada da Morte segue-se a mão inglesa, ou seja, você deve andar sempre do lado esquerdo, justamente o lado dos precipícios. Além disso a estrada está ativa e passam carros e vans por ela, portanto o cuidado deve ser redobrado durante a descida.
   Para falar sobre o visual: fantástico, maravilhoso, espetacular, majestoso, divino, emocionante, empolgante e tantos outros adjetivos que você queira usar. A estrada em sua grande maioria passava ao lada de um verdadeiro abismo imenso, qualquer erro seria fatal, desde 2001 quando iniciaram os passeios de bike, já foram 19 mortes de ciclistas turistas.
   Como eu não queria perder nada daquele visual acabei não soltando a bike e desci relativamente devagar, sempre esperando a Rosana e reagrupando com o pessoal por diversas vezes. A parte mais fantástica é quando passamos por cachoeiras que caem sobre a estrada, são 2 ou 3 cachoeiras seguidas, fantástico!

  Conforme íamos descendo também tirávamos as peças da roupa, pois o calor começava aumentar, no final estávamos como se tivéssemos pedalando por aqui no Brasil.

   Por volta das 4h da tarde a Rosana já estava cansada de pedalar, então pegou carona na Van, a partir dessa hora os precipícios já não eram tão imenso e eu comecei a soltar mais a bike e curtir uma adrenalina um pouco maior.
   Já bem lá em baixo, passamos dentro de alguns riachos, quem ainda não tinha molhado bastante na cachoeira, aqui não teve jeito. Já avistávamos Coroico, mas não fomos pra cidade de Coroico e sim para um restaurante que fica ainda mais baixo, cerca de 1.400m, chegamos por volta da 16:30h, completando os 67 km.
   Ali esperaram-nos com  uma cerveja gelada (preferi uma coca-cola, rsrs..), com um almoço e pudemos tomar um banho quente para recuperar a enregia... O dia não acabaria aí!

   A segunda parte da aventura começa quando colocamos nossas bikes de volta na Van e o motorista retorna pela Estrada da morte. Saimos do restaurante quase 18h e o dia já começava querer escurecer, o motorista querendo chegar no asfalto ainda claro, subiu aquela estrada parecendo que estava fazendo rally, os canadenses chegaram a reclamar, mas não adiantou muito. Nas curvas fechadas, ele dava algumas buzinadas e acelerava, dizendo que aquele horário não descia ninguém. NA Van rolou um clima bem tenso, alguns reclamavam, outros ficaram meio pálidos, mas deu tudo certo!

   Como no outro dia nosso plano era deixar La Paz, nós e os suíços acompanhamos o Guia até a sua casa para pegarmos o cd de fotos que tínhamos direito. Ele gravou nossos cds e pegamos um táxi pro hostel.

Antes de entramos já passamos em um restaurante japonês, comemos uma sopa e sashimis e fomos pro quarto, já eram 21:30h.
    Resolvemos sair a noite para dar uma volta em La Paz, era comemoração da independência, um desfile interminável do exército, acredito que membros do governo também desfilaram, várias horas de desfile e muuuiiiitttta gente! PRa não perder o costume, comemos de novo um lanche e fomos pro Loki.

    Era noite de sábado e no Pub haveria a festa do Pirata, passamos lá para dar uma olhada, foi muito engraçado, o pessoal fantasiado com umas máscaras enormes, rolando um som meio árabe, todo mundo rachando de louco, não era pra nós... Fomos dormir, pois no outro dia cedo deixaríamos o Loki, para irmos a Chacaltaya e viajar pra Copacabana. Durante a noite apesar do sono pesado, escutávamos a gritaria do pessoal, no outro dia tinha vaso quebrado no chão, pedaços de fantasia nas escada, o Loki estava semi destruído, foi uma festa de muita loucura...
   Nós muito cansados dormimos feito anjos!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Mochilão Bolívia e Peru - 1º e 2º dia

    1º DIA

       Depois de uma ansiedade enorme, parecendo criança é chegado o dia (14/07), a programação era Eu e a Rosana pegarmos o avião em SP às 16:30h chegar em Santa Cruz de La Sierra as 17:30h (2 horas de voo - 1 hora de fuso horário) e após pegar outro vôo para La Paz as 22h e chegar as 23h em La Paz.
       Porém a viagem começa as 7:30h, com a carona de meu Pai até a Rodoviária de Campinas, de lá tem ônibus as 10h direto para o aeroporto, fizemos check-in, o voo atrasou mais de quase duas horas, chegamos em Sta Cruz por volta das 19h com temperatura de 25ºC, ficamos no aeroporto, esperamos até quase meia noite (mais atraso) no voo e finalmente partimos para La Paz, e aterrizou em La Paz a 1 da manhã com temperatura de -1ºC ,em 1 hora de voo a mudança de temperatura foi de 26ºC. O aeroporto de La Paz fica a 4100 metros de altitude, no que chamam lá de 'El Alto', parte alta de La Paz
   Lá já estava um taxista nos esperando para levar-nos até o Hostel Loki, por volta das 1:30h após 18 horas em viagem, chegamos!!!
   Após deixarmos a bagagem no quarto fomos passar no Pub do hostel,  rsrs...  lugar mais louco que já fui na vida (veja o vídeo), nem na época de adolescente frequentei um lugar assim tão louco. Após alguns minutos de risadas tomamos uma água e fomos deitar... 
   Dormir foi fácil, pois estávamos cansadíssimos!!!





2º DIA

   Posso definir como o dia de passar mal! Deixamos esse primeiro dia completamente livre afim de nos adaptarmos com a altitude e realmente foi necessário.
    Acordamos por volta das 9h e fomos dar uma volta no centro de La Paz, conhecer a região próxima do Hostel, mas quando chegou a hora do almoço minha cabeça já doía bastante o estomago já estava totalmente embrulhado, eu olhava pro meu almoço dava mais enjôo ainda. Era Soroycho, o mal da altitude. compramos remédio na farmácia e voltamos pro hostel pra dormir novamente... As 18 horas acordei já um pouco melhor, consegui jantar, localizamos o ponto de encontro do dia seguinte e passeamos a pé próximo ao hotel. fomos dormir cedo, pois nosso encontro do dia seguinte era às 07h em frente uma padaria para o downhill da estrada da morte.  


Loki Hostel, no puf meio passando mal
    Enfim, estávamos adaptados altitude, mas ao frio ainda não... o lugar gelado!!!